segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Washed Out

Ernest Greene
  
   Washed Out é o nome artístico de Ernest Greene, nascido na Geórgia, em 1983.
   Ele é um compositor de música electrónica que conta com um álbum de estúdio ("Within and Without") de 2011 e três extended plays ("High Times", "Life of Leisure" e "Untitled"), um de 2009 e dois de 2010. "Within and Without" destaca-se claramente como o seu melhor projecto e é um dos melhores álbuns do ano. Um álbum dinâmico e com uma batida acessivel, entra facilmente no ouvido, mas sai dificilmente dele, ou seja, fica na cabeça. É extremamente viciante! As três primeiras músicas do álbum são fabulosas. A primeira, "Eyes Be Closed", é contagiante! A segunda, "Echoes", é a mais poderosa do álbum, com uma batida muito forte. A terceira, "Amor Fati", apesar de ser electrónica, é muito intimista. A quarta, "Soft", parece-se muito com Royksopp e a sexta, "Before", é talvez a música mais alternativa do álbum.
   As vocalizações arrastadas de Ernest dão um tom mais orquestral ao ritmo, mais melódico, o que faz da música uma electrónica pouco banal, entrando um pouco no campo do chillout e do chillwave.
   Washed Out é sem dúvida uma das melhores novidades do ano e representa muito bem o que é a actual moda musical e os estilos novos que começam a surgir, virados claramente para a música electrónica.
   É um tipo de musica ideal, tanto para passar numa discoteca como para ambientar um jantar casual entre amigos.
  PR


terça-feira, 18 de outubro de 2011

John Maus


John Maus

   John Maus é mais uma supreendente novidade deste ano, que está a ser, tal como em 2010, um fantástico ano em termos musicais. A música electrónica ganha cada vez mais força e envereda por caminhos cada vez mais alternativos. E John Maus é mais uma prova disso!
   Ele é um compositor americano nascido em 1980. Já trabalhou com Panda Bear e com Ariel Pink, mais dois grandes músicos, o que o pode ter lançado na carreira e encorajado a editar projectos próprios de muita qualidade. Já tem 3 álbuns e mais uns quantos pequenos projectos. "Songs" (2006) e "Love is Real" (2007) foram os dois primeiros álbuns editados. Através da sua sonoridade aperecebe-se facilmente que a música ainda não é muito consistente, que não tem um estilo muito definido, que as ideias ainda estão um pouco baralhadas. Mas com "We Must Become The Pitiless Censors Of Ourselves", álbum deste ano, essas ideias interligam-se e o estilo é finalmente perceptivel! Com claras influências de Ariel Pink, John Maus opta por um estilo mais electrónico, mais dinâmico e não tanto profundo e melancólico (se bem que Ariel Pink não é melancólico, aliás, não sei bem como se pode classificar! Mas isso fica para mais tarde...).
   Pessoalmente gosto imenso deste álbum e considero-o um dos melhores do ano. Merece ser ouvido com muita atenção! Tem um ínicio fabuloso com "Streetlight", ínicio este que incentiva de uma forma tentadora a audição do resto do álbum.
   Depois de ter ouvido mais de 50 vezes este álbum, arrisco-me a dizer que as melhores faixas são a número 2 e a número 9, "Quantum Leep" e "Cop Killer", respectivamente. Mas fiquem com um vídeo não oficial de "Streelight", para não conseguirem resistir em ouvir o álbum!
PR


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bon Iver

Justin Vernon
   Um pouco ao estilo de Fleet Foxes, Bon Iver é mais uma banda folk de grande qualidade! Tem uma sonoridade muito própria e muito melancólica. Justin Vernon é o responsável pela grande categoria das vocalizações.
   O grupo conta com 3 álbuns. O que se destaca é o mais recente, lançado há poucos meses. Intitula-se de "Bon Iver". É dos álbuns mais criativos de 2011 e um dos melhores do ano. Apesar de ser um disco "difícil de ouvir", depois de entrar no ouvido soa como um magnífico canto de pássaro numa tarde de verão.
   A pouco e pouco o grupo vai ficando cada vez mais unido e a música cada vez mais consistente. Nota-se que este novo álbum é muito mais um projecto de grupo do que, por exemplo, "For Emma, Forever Ago" (álbum de 2008). O uivo solitário de Justin é agora muito mais acompanhado pelo resto dos elementos da banda.
   Algumas faixas até podem parecer demasiado simples e "foleiras", mas é essa mesma simplicidade conjugada com o poder e a versatilidade da voz de Justin que fazem desta música tão bela. Não tem nada de complexa, longe disso. É de uma harmonia e de uma suavidade imensa.
   Ao ouvir o álbum "Bon Iver" do príncipio ao fim, o que fica são quase 40 minutos de música que passam a correr, sem sequer nos apercebermos, tal é a melancolia e a descrição da sua composição. Vale mesmo a pena ouvir!
   Partilho com vocês a faixa 4 do recente álbum "Bon Iver"...
PR